PELO DIREITO AMPLO A QUALQUER VACINA
PELO DIREITO AMPLO A QUALQUER VACINA

₋ Considerando a negligência e a decorrente demora do governo quanto ao desenvolvimento de um plano nacional de imunização contra a COVID-19, por causa de questões políticas absolutamente desnecessárias num momento doloroso como o que estamos vivendo por causa da pandemia;
₋ Diante do esboço de plano de vacinação contra a COVID-19 divulgado recentemente pelo ministro da Saúde, que submete a nós, brasileiros, apenas à vacina produzida pela AstraZeneca (via Universidade de Oxford) e reproduzida no Brasil pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), e cujo calendário restringe nossa capacidade de sobrevivência ao novo coronavírus e nos deixa vulneráveis à doença por todo o ano de 2021, em função da capacidade de produção daquela instituição;
₋ Tendo em vista o excesso de burocracia que está sendo previsto pelo ministério da Saúde para a vacinação inicial, que exigirá QR Codes, cadastros exagerados e outras burocracias desnecessárias;
₋ Tendo em vista que outros países do mundo começam a se preparar para vacinar sua população já na segunda quinzena de dezembro de 2020;
₋ Tendo em vista que a maioria dos países admite o uso de diversas vacinas, quando terminados os testes, para ampliar a capacidade imunológica de sua população (o Chile, por exemplo, trabalha com a possibilidade de adotar seis vacinas diferentes);
₋ Considerando que a falta de opções a diversas vacinas restringe a capacidade de vacinação do povo brasileiro e, consequentemente, a capacidade de sobrevivência à doença;
₋ Tendo em vista o desenvolvimento da vacina de origem chinesa, Coronavac, que será reproduzida no Brasil pelo Instituto Butantan e que, segundo o diretor do Instituto, Dr. Dimas Covas, produzirá 46 milhões iniciais de doses;
₋ Considerando que os protocolos da Anvisa costumam ser excessivamente burocráticos, o que poderá causar um grande atraso no programa de vacinação;
₋ Considerando que o governo brasileiro politizou a vacina, criando uma verdadeira e desnecessária “guerra da vacina”, que só prejudica o acesso do povo brasileiro à mesma, quando isso for possível;
₋ Considerando o descaso e o desrespeito do governo quanto à importância da pandemia e os riscos que corremos em relação a ela,
REIVINDICAMOS:
O direito de sermos todos vacinados, tão logo as vacinas sejam autorizadas pela Anvisa, o mais rapidamente possível, independentemente da origem da vacina, ainda no primeiro semestre de 2021, de forma não burocrática, e que o acesso seja indiscriminado, contemplando todos os estratos da população que quiser ser vacinada e que o programa de vacinação seja estendido a todas as cidades brasileiras desde o início.