À Conferência Episcopal Portuguesa

Nós, abaixo-assinados, católicos provenientes das mais diversas paróquias e dioceses de Portugal, bem como, nalguns casos, de obras e movimentos eclesiásticos, dirigimos este apelo à Conferência Episcopal Portuguesa com a esperança de que os nossos Pastores demonstrem a sua solicitude e atendam ao pedido que lhes fazemos.

Considerando que:

1. A 2 de Março de 2020, através de uma nota do seu Conselho Permanente, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aconselhava «a comunhão na mão»;
2. A 13 de Março de 2020, a CEP determinava «que os sacerdotes suspendam a celebração comunitária da Santa Missa até ser superada a atual situação de emergência»;   
3. A 8 de Maio de 2020, a CEP publicava as suas orientações «para a celebração do Culto público católico no contexto da pandemia COVID-19», referindo, no ponto 27, que «continua a não se ministrar a comunhão na boca», obrigação que se manteve nas orientações de 30 de Setembro e de 21 de Dezembro de 2021, e de 28 de Fevereiro de 2022;
4. A 22 de Abril de 2022, a CEP publicava um comunicado em que informava do fim da obrigatoriedade do uso das máscaras «nos espaços das celebrações e outras atividades pastorais da Igreja», nada referindo em relação à recepção da Sagrada Comunhão, mantendo-se, por conseguinte, em vigor as anteriores disposições;
5. Um pouco por todo o mundo, foram surgindo, ao longo dos últimos meses, notícias de que os fiéis já podiam receber a Sagrada Comunhão na boca, conforme previsto pelas normas da Igreja Católica, situação que não se continua a verificar em Portugal, não obstante o alívio das restrições outrora impostas, fruto da evolução positiva da situação pandémica.

Os fiéis abaixo-assinados solicitam aos Bispos de Portugal que, no uso das suas competências, decretem o fim da obrigatoriedade da recepção da Sagrada Comunhão na mão, reintroduzindo, para quem assim o desejar, a Comunhão na boca. 

Simultaneamente ao pedido apresentado, asseguramos, desde já, as nossas instantes orações pela Igreja presente em Portugal e por todos os seus Pastores.

1 de Setembro de 2022, primeira quinta-feira do mês

[Ao subscrever, o seu pedido é enviado directamente para a Conferência Episcopal Portuguesa.]