Apesar de estarmos no platô da pandemia do Corona Virus em São Paulo, com altos números de mortes e infectados, a prefeitura decidiu que as escolas devem voltar às aulas presenciais em Setembro, quando faltarão apenas 3 meses para o final do ano letivo.

A decisão tomada irá expor milhares de pessoas do grupo de risco ao contágio do vírus, entre elas, idosos que moram com os alunos, profissionais que trabalham nas escolas, os próprios alunos, entre outras. Segundo nota técnica do MonitoraCovid-19 publicada em 23/07/20 no portal da Fiocruz, quase 10 milhões de brasileiros que compõem o grupo de risco estarão expostos ao vírus, sendo São Paulo o estado com maior número absoluto de pessoas nessas condições.

Além desse grupo de cidadãos, os demais também estarão em risco, pois ainda não são conhecidos todos os efeitos colaterais e sequelas de médio e longo prazo deixadas em pessoas infectadas que se curaram do Covid-19, ou que nem apresentaram sintomas.

Tendo em vista a grande probabilidade de termos uma vacina já no final de 2020, consideramos precipitado, negligente e extremamente perigoso o retorno às aulas presenciais mesmo seguindo o protocolo de segurança apresentado pela SME, que sugere uma disciplina escolar utópica como crianças usando máscaras sem tocá-las, lavando as mãos antes e depois de usar o banheiro ou quando circular pela escola, andar em linha reta seguindo setas no chão mantendo distância dos colegas, entre outras diretivas inviáveis mesmo com um número reduzido de alunos. Mesmo que as aulas presenciais de fato retornem em setembro, a maioria de nós, pais e responsáveis por alunos, não enviará os filhos para a escola.

Com base no aqui exposto, queremos evidenciar nossa insegurança, chamando o poder público à sua responsabilidade com a saúde e segurança de seus cidadãos e solicitamos que, a exemplo de cidades do grande ABC entre outras, o retorno às aulas presenciais ocorra apenas a partir de 2021, com a condição de já haver disponível através do SUS, uma vacina eficaz contra o Corona Virus.