Horta do Vinil: modelo comunitário de agroecologia urbana corre o risco de virar concreto

Horta do Vinil: modelo comunitário de agroecologia urbana corre o risco de virar concreto
A importância deste abaixo-assinado

Horta do Vinil: modelo comunitário de agroecologia urbana corre o risco de virar concreto no Rio de Janeiro
Nessa terça-feira, 03/05/2021, o movimento da Horta do Vinil, recebeu a informação de que o prefeito Eduardo Paes, sem espaço para debate e esclarecimento, colocou para votar o PLC16/2021, que visa anular o PLC94/2018.
O que isso significa?
Permitir a venda de terrenos de uso público para interesses privados e especulação imobiliária.
O argumento é a urgência de fazer caixa para a administração pública. Espera justificar, com isso, a ausência de uma discussão ampla, profunda, responsável, democrática e transparente com a sociedade.
Um dos espaços ameaçados por esse PLC16/2021 é o terreno de uso comunitário (praça) onde hoje está a Horta do Vinil.
A cidade não precisa de mais muros.
PRECISAMOS DA SUA AJUDA!
Você pode mostrar seu desacordo com o PLC16/2021 e seu apoio à manutenção do terreno de uso público e à Horta do Vinil assinando essa petição.
Você conhece a Horta do Vinil?
A Horta do Vinil é um espaço de experimentação e colaboração comunitária, dedicado ao cultivo agroecológico. Ela ocupa uma parte de uma área pública urbana, cuja área total é de aproximadamente 8.400m2, materializando a função social desse terreno.
Essa praça está localizada na Av. Jornalista Ricardo Marinho, no Parque das Rosas, Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
A Horta do Vinil é feita do trabalho, do sonho de uma cidade mais humana e da colaboração de muita gente. Somos um coletivo autogerido e participativo, integrado por vizinhos e parceiros da praça que abriga a Horta do Vinil desde 2018.
Valorizamos as vozes individuais e coletivas para criação de soluções ambientais, sociais e culturais.
Nosso propósito é inspirar transformações positivas no estilo de vida e nas relações entre pessoas pela inclusão e experimentação em ações de ecologia, bem-estar e arte.
Como tudo começou?
Somos bem jovens. Mudinhas que precisam de cuidado. As primeiras sementes chegaram em junho de 2018, quando três moradores do local iniciaram o movimento, rapidamente fortalecido por outros moradores locais e pessoas de outras regiões da cidade. Formamos uma rede.
Desde que tudo começou, além da ocupação da praça com vida, da recuperação do solo e da criação de um SAF – sistema agroflorestal, realizamos:
· mutirões mensais de plantio, limpeza e revitalização da praça;
· cursos e oficinas voltados à educação ambiental e regeneração local;
· formação e ativação de redes de colaboração parceiras;
· compostagem de resíduos orgânicos;
· ação educativa em parceria com a E.M. Sérgio Buarque de Holanda, vizinha da praça;
· estímulo ao convívio social saudável.
Essas atividades precisaram ser suspensas em março de 2020 como medidas de saúde coletiva, em decorrência da pandemia. Entre junho/2018 e março/2020, nossas ações presenciais alcançaram mais de 800 pessoas. Nas redes sociais engajamos 4,6 mil pessoas através do Facebook e alcançamos 2.277 seguidores no Instagram.
Ciclo Vivo
A praça se tornou horta, a horta ganhou uma agrofloresta e o solo se mostrou fértil e receptivo, potencializando os sonhos das pessoas que cuidam do espaço e já colhem alimentos.
Tempestades também regam
Em 2018, o então prefeito, Marcelo Crivella anunciou a venda do terreno desta mesma praça onde está a Horta do Vinil. Em resposta, nós, juntamente com outras organizações locais e moradores da região, nos mobilizamos em resistência. Isso impulsionou um processo transformador e de ressignificação desse espaço público e das relações sociais. Ficamos mais fortes.
E foi, através da ação na câmara dos vereadores, que o PLC94/2018, de autoria de Carlo Caiado, foi aprovado, condicionando a venda dos terrenos de uso público à empreendimentos cuja finalidade seguisse sendo de interesse e uso público.
O que o PLC16/2021 pretende é derrubar essa condicionante, abrindo margem para a venda, o cercamento e a privatização deste e de outros espaços públicos da cidade. Inclusive a E.M. Dr. Cícero Penna, em Copacabana! A prefeitura não tem limites??
A cidade não precisa de mais muros. A cidade quer respirar. A cidade quer compartilhar. A cidade quer natureza.
PRECISAMOS DA SUA AJUDA!
ASSINE e COMPARTILHE ESSA PETIÇÃO