É com profunda tristeza, revolta e sentimento de desvalorização, que nós, do corpo administrativo do Hospital Universitário Pedro Ernesto, tivemos acesso ao processo SEI-260007/030113/2021, que coloca em cheque o beneficio de adicional de insalubridade percebida por nós. Trabalhamos ininterruptamente com status de serviço essencial, inclusive desde o início da pandemia, colocando em risco nossa saúde e de nossas respectivas famílias. Vale ressaltar que por mais que alguns de nossos setores não tenham contato constante com pacientes, o contato com o corpo assistencial é diário e a todo momento, sendo que estes, em contato direto com os pacientes, podem trazer para os nossos o risco de contaminação, seja através da roupa utilizada dentro do setor onde o paciente infectado se encontra ou por um simples documento que estava ao alcance do contágio. O que mais causa consternação é o fato de trabalharmos num hospital que foi centro de tratamento de COVID-19 e, por tratar-se de tal, muitos de nós não tivemos a oportunidade de realizar o home office, justamente para não deixar a população necessitada sem o devido auxílio, e agora temos nosso direito à insalubridade ameaçado pela reitoria.

Portanto, num contexto de aumento generalizado do custo da vida e arrocho salarial, é uma desagradável surpresa esse novo ataque à parcela dos servidores que mais se expuseram ao apoiar os profissionais na linha de frente nos momentos mais graves da pandemia. Em face de uma nova onda de contaminações de Covid-19, consideramos que tal medida não é coerente, muito menos justa; ao contrário, TODOS que trabalham na saúde deveriam estar recebendo insalubridade, e em cima do salário-base e não do mínimo. Por isso, nós abaixo-assinados exigimos a suspensão da AEDA 069/REITORIA/2021: