Em São Paulo é comum vermos bicicletas nas estações de trem, metrô e terminais de ônibus. A Linha 5 Lilás não é exceção. A maior parte da Zona Sul não possui bicicletários nas estações de transporte coletivo, o que torna a intermodalidade com o transporte coletivo bem mais difícil.

As estações da Linha 5 na periferia não possuem bicicletários com segurança e controle de acesso (onde os cidadãos que utilizam a bike como transporte poderiam deixar suas bikes e pegar trens/ônibus). Nesses locais, existem apenas paraciclos em áreas abertas, o que é inseguro para deixar a bicicleta por várias horas, visto que há muitos relatos de furtos.

Na Estação Santo Amaro (Terminal Guido Caloi), a situação é ainda mais crítica, pois mesmo com uma enorme área disponível, não há nenhuma estrutura pra deixar as bicicletas com segurança. Com isso, é comum vermos que as pessoas precisam deixar seu meio de transporte ao relento em postes ou grades, o que é um grande risco.

Num contexto geral, a Linha 5 Lilás não possui bicicletários nas estações periféricas. Já nas estações em bairros nobres, como Alto da Boa Vista e Eucaliptos, há bicicletários com controle de acesso e cobertura, mas ainda assim, o horário de atendimento não coincide com a operação dos trens. Isso torna o uso desses bicicletários limitado, pois não atendem aos ciclistas que entram mais cedo ou saem mais tarde do trabalho. Também não dialoga com o restante da rede metropolitana, que possui o mesmo horário na operação das estações e bicicletários.

A ViaMobilidade, do Grupo CCR, ainda possui obras paradas que tem gerado transtornos aos ciclistas na região. Após um desabamento na expansão da Estação Santo Amaro, a Ciclovia da Margem Oeste do Rio Pinheiros está com seu percurso original bloqueado e os ciclistas precisam desviar por meio de uma escada de madeira provisória. Essa escada dificulta ou inviabiliza o deslocamento de muitos ciclistas, especialmente idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida com suas handbikes ou até mesmo cicloentregadores com bikes cargueiras. A Ciclovia da Margem Oeste é um acesso fundamental para o Parque Bruno Covas e estruturas cicloviárias no Centro da cidade. 

Na estação também poderia ser feita a conexão cicloviária do Parque Bruno Covas com a ciclofaixa da Av. Guido Caloi, aproveitando melhor as áreas ociosas existentes na estação, o que evitaria o deslocamento de ciclistas no contra-fluxo de carros e ônibus. Muitos ciclistas se deslocam no sentido contrário, pois não há integração cicloviária nas vias de passagem da estação.

Considerando tudo isso, criamos esse abaixo-assinado, pois queremos que o Governo do Estado e a ViaMobilidade/CCR construam um bicicletário ideal na Estação Santo Amaro, de forma integrada com o entorno. Essa estação é um ponto estratégico para a mobilidade na Zona Sul, tendo várias ciclovias, parques, terminais de ônibus, empresas, fórum e inúmeras residências próximas. Também entendemos que um bicicletário não deve ser apenas um estacionamento de bicicletas, mas sim uma área de convivência, ponto de apoio aos ciclistas, que necessitam de locais de descanso com banheiros e bebedouros, especialmente entregadores de aplicativo, que não possuem áreas de apoio no entorno. Um bom bicicletário pode e deve integrar a sociedade ao seu redor, atraindo mais pessoas para o uso da bicicleta no dia-a-dia.

Ajude a pressionar os órgãos estaduais e a ViaMobilidade/Grupo CCR pela implantação desse bicicletário e melhorias, garantindo o acesso com segurança à intermodalidade entre a bicicleta e o transporte público, além de infraestrutura para conexão cicloviária e integração social do entorno!

Assine e compartilhe o abaixo-assinado com todos os seus amigos que desejam ter infraestrutura de bicicleta na Estação Santo Amaro / Terminal Guido Caloi!