O Justo, supermercado digital com presença no México, Brasil e Peru, detentor das marcas Justo, Freshmart e Ekonofresh, não anunciou um compromisso completo contra o terrível sistema de gaiolas para produção de ovos. Em janeiro de 2022, em um evento realizado diante de um grande público, o Justo anunciou que já tinha o compromisso de adquirir ovos provenientes de galinhas livres de gaiolas e que publicaria sua política sobre o tema. No entanto, o varejista apenas publicou um compromisso nesse sentido cobrindo 80% de sua linha de ovos - que sequer existe no Brasil - até o final de 2022.

Após algumas manifestações pacíficas e pedidos do público consumidor para que o Justo anunciasse um compromisso cobrindo 100% de sua cadeia de suprimentos de ovos no Brasil, a empresa publicou, em agosto de 2022, um compromisso no seu site afirmando que teriam 80% da sua linha de ovos livres de gaiolas até final de 2022 e 100% até 2027. Infelizmente, depois de alguns dias, a empresa removeu essa promessa de seu site - retirando até mesmo seu primeiro compromisso cobrindo 80% de sua linha de ovos.

Diante disso, pedimos que o Justo reconsidere a sua promessa antes feita, e anuncie um compromisso que proíba totalmente o confinamento de galinhas em gaiolas em sua cadeia de suprimento de ovos. Não esperamos que uma empresa que diz promover o comércio justo comercialize ovos provenientes de um sistema no qual as galinhas são mantidas em condições terríveis dentro das gaiolas.

Nesse sistema de produção de ovos, entre cinco e dez galinhas são confinadas em uma única gaiola, de modo que cada galinha passa a maior parte de sua vida em um espaço menor que uma folha de papel A4. Essas gaiolas são tão pequenas que esses animais não conseguem nem abrir as asas ou andar. Por falta de espaço, algumas delas chegam a ser pisoteadas até a morte.

Em resposta aos apelos do público consumidor sobre as terríveis condições enfrentadas pelas galinhas na maior parte da indústria de ovos, mais de 2.300 empresas em todo o mundo já publicaram políticas para não trabalhar com ovos de galinhas mantidas em gaiolas. O Justo, por outro lado, não parece estar sendo firme e nem transparente em sua decisão de ajudar essas galinhas.

Tanto para esses animais quanto para o público consumidor é importante ter a certeza de que o Justo mantém sua palavra e, para isso, é necessário que a empresa publique uma política clara de bem-estar animal e não a remova de seu site oficial. Peça que o Justo se comprometa publicamente a não comercializar ovos provenientes de galinhas engaioladas na América Latina.

Por favor, assine e compartilhe esta petição para que o Justo estabeleça e publique um compromisso para proibir totalmente as gaiolas em toda a sua cadeia de fornecimento de ovos.