Quando entramos no isolamento social em março de 2020 todos entendemos que a medida de fechamento das escolas ajudaria a combater o avanço do Covid-19 na nossa cidade. Assistimos o surgimento de hospitais específicos para o tratamento da pandemia, acompanhamos os números de casos subirem e descerem em nossa região , e aguardamos pacientemente o retorno de vários setores da economia há semanas.
Já podemos ir a restaurantes, shoppings, estabelecimentos comerciais, academias, parques, entre outros. Mas esses lugares estão abertos com uma quantidade de pessoas até maior do que teria na sala de aula das escolas de nossos filhos. Mesmo assim, o governo ainda sustenta que a escola é lugar de perigo. Se a escola é perigosa, todos os outros lugares deveriam continuar sendo considerados da mesma forma.
Após 1 ano do início das medidas de distanciamento, o perigo real surge em nossas casas. Temos crianças apresentando doenças emocionais e psíquicas relacionadas ao isolamento. Outros estão perdendo interesse pelo aprendizado. E a ESCOLA, que é ESSENCIAL para o desenvolvimento dos nossos filhos, continua impedida de exercer suas funções.
Além disso, muitos de nós não pudemos voltar às nossas atividades laborais criando assim lares onde muitas famílias passaram por vários tipos de privações devido a impossibilidade de trabalho para manter o mínimo de seu sustento.
Está mais do que na hora de retornarmos às aulas presenciais das escolas, com o Placon elas deveriam estar preparadas com mudanças estruturais, medidas de segurança, treinamento dos funcionários, e maneiras de nos atender para segurança de alunos e profissionais, para que todos possam voltar ao menos em parte de suas rotinas.
Nós, pais e profissionais da educação , queremos de volta nosso DIREITO a educação presencial dos nossos filhos. Nossos filhos querem de volta o DIREITO de poder ir para a escola. Queremos o DIREITO de escolher o melhor modelo educacional para nossa família. Neste momento, estamos sendo privados de tudo isso por decisões governamentais arbitrárias que não condizem com a realidade. Outros países, com situações até piores do que a da nossa cidade, já liberaram a ESCOLHA de voltar à ESCOLA.
Sabemos que alguns pais não se sentem confortáveis em enviar seus filhos para a escola, e hoje eles têm seu direito respeitado. Para eles, as aulas podem continuar online. Mas, infelizmente, para nós que queremos enviar nossos filhos de volta, não temos escolha. Essa é uma decisão que deveria ser nossa.
Queremos que, mesmo sob a realidade do novo normal, possamos ter as escolas de portas abertas. Queremos decisões que façam sentido para nós.