Os cristãos do Rio Grande do Sul estão sendo prejudicados e sentindo-se perseguidos pelo Decreto N°55.610, do Governador Eduardo Leite, tendo em vista que tal Decreto restringe o número de pessoas no local das celebrações a números inaceitáveis, principalmente se comparados à restrição aplicada a outros segmentos da sociedade.

O Decreto N°55.610, publicado em 30 de novembro de 2020, permite a ocupação de 50% da lotação de restaurantes, 25% da lotação de parques de diversões, parques aquáticos e etc, mas em completa desproporção, apenas 10% dos templos ou máximo de 30 pessoas. A desproporção fica evidente principalmente ao considerarmos que o culto religioso é serviço essencial. Além disso, proíbe-se o consumo de alimento e bebidas no local, abrindo a possibilidade de que se proíba a distribuição do Pão e Vinho consagrados na missa, que é o centro e a essência do culto religioso na Igreja Católica.

O Brasil é um país onde o direito de culto é resguardado pela nossa Constituição, e esse direito deve ser mantido sob o risco de prejuízo à democracia. Para os cristãos, a vivência dos sacramentos e da oração comunitária é de extrema importância, pois por meio deles que recebemos a saúde e nutrição da alma. Assim como saúde e alimentação do corpo são serviços essenciais, da mesma forma a saúde e nutrição da alma também o são, para nós cristãos.