O seguinte abaixo-assinado dispõe dos principais pontos acerca do passe livre municipal destinado a estudantes:

·         A restrição de linhas afeta a mobilidade na cidade, principalmente no caso dos estudantes da UNIFESP, que estudam em cinco unidades espalhadas pela cidade de Diadema, e nenhuma unidade é fixa a um único curso.

·         A oferta de fretados pela UNIFESP é insuficiente, pois os estudantes são obrigados a ficar do lado de fora do terminal o que, evidentemente, ameaça à segurança na espera da linha escolhida, principalmente nos horários de saída dos alunos do período noturno, onde os estudantes ficam sujeitos a assaltos e a violência urbana.

·         A restrição de linhas no passe livre impede, por exemplo, o acesso ao terminal para se realizar a baldeação, pois a liberação da catraca ocorre apenas nas linhas escolhidas.

·         A volta para casa dos estudantes também é afetada, pois há impedimento de acessar as linhas que passam nos pontos próximos as unidades e que tem como destino o terminal.

·         Já existe a restrição de uso do passe livre por dia (duas vezes, sendo ida e volta), portanto, não há necessidade alguma da restrição de linhas.

·         Nos passes livres da EMTU e SPTRANS não há restrição de linhas desde que o trajeto de ida e volta para casa seja cumprido, tendo apenas a restrição de uso por dia das cotas fornecidas.

NOTA DO ESCREVENTE

Durante meu ensino médio, numa Etec na zona leste de São Paulo, eu tinha direito ao passe livre estudantil do Município de São Paulo, e tinha acesso a todos os ônibus que passavam nos pontos próximos da Etec que iam em rumo ao terminal Parque Dom Pedro II, para então, realizar a baldeação e voltar para casa. Agora ironicamente, no município onde nasci, cresci, moro, trabalho e estudo, eu não tenho direito de acessar as linhas que fazem parte do meu trajeto de casa-universidade, não há luxo nessa solicitação, apenas a reivindicação do direito à cidade e de acesso ao transporte público.

Leonardo Luna