Diversidade na equipe brasileira de revisão de posts do Facebook

Diversidade na equipe brasileira de revisão de posts do Facebook

Desde as manifestações de 2013, que foram autênticas da população (16 e 17 de junho), sem bandeiras e organizadas por eventos criados no Facebook, os grupos políticos enxergaram uma oportunidade: se infiltrar na rede, fantasiados de "movimentos sociais" para controlar a opinião pública.
Sites de baixa qualidade, perfis falsos, memes, vídeos muito bem editados e manipulados para controlar o sentimento do povo viraram uma estratégia de marketing massiva para destruir reputações e beneficiar poucos políticos, seus projetos de lei e um grupo pequeno de corporações criminosas.
Com isso, criaram uma narrativa usando conteúdos que espalham a desinformação no Facebook, causando um caos sem tamanho. E percebemos depois de meses denunciando diversos conteúdos com discurso de ódio que a plataforma tem deletado alguns, mas deixado outros que atendem uma única visão política, demonstrando a parcialidade da ferramenta.
O ano de 2018 é muito importante para o Brasil e o Facebook precisa tomar uma medida urgente para resolver um problema grave: a diversidade da equipe que trabalha revisando os conteúdos reportando ódio e notícias falsas na plataforma.
Exigimos mais transparência sobre o time responsável por decidir o que entra e o que sai do Facebook. De acordo com os retornos das denúncias de usuários --como nós-- fica claro que a maior parte da equipe é formada por brasileiros de classe média alta ou que moram nos Estados Unidos. Nota-se: grupos sociais numerosos que formam uma parte importante da sociedade brasileira não estão representados neste departamento que, hoje, tornou-se bastante relevante para a luta contra a desinformação no Brasil.