Não somente a linha de ônibus do Rubem Berta, R62 (Rápida), fora cortada, no bairro mais populoso da cidade de Porto Alegre - morada de um dos maiores motores da economia porto-alegrense, indubitavelmente -, como ardilosamente desprezada ante ao atual enlatamento de humanos, testemunhado diariamente dentro do transporte-público. Outrora já tolerávamos tamanho descaso com a dignidade humana, mas durante a pandemia, onde comércios ficaram fechados, ou com restrições com o fim de evitar aglomerações, incoerentemente, o erário de linhas de ônibus, diminui e comporta pessoas, sufocadas e apertadas dentro de um veículo (que por natureza, já seria desconfortável). Os decretos mudaram com maleabilidade ao longo dos meses de pandemia, e há 8 meses resta a mesma insuficiência nas linhas de ônibus, de forma inaudita. É esta a oferta que, nós, verdadeiros porto-alegrenses, merecemos, pela tarifa MAIS CARA do país? Permaneço irredutível ao dizer que deve-se convocar uma ação imediata, não somente sustentada pela crise sanitária a qual nos deparamos, mas pela simples e indelével questão da dignidade. Portanto, que caiba de incentivo para outras regiões de nossa capital, a promoção de iniciativas assim, de ordem verdadeiramente pública. Tenho fé de que a mesma repercutirá, e aqueles que realmente são verdadeiros usuários do transporte-publico, especialmente da nossa região, irão compartilhar e sondar as entidades competentes, para que eles nos sirvam, e não nós à eles.