Ao

Excelentíssimo senhor

Emil Ono

 

Prefeito da Estância de Atibaia

 

 

Os cidadãos abaixo assinados, servidores municipais concursados do Município e Comarca de Atibaia, SP, assim como familiares de alunos devidamente matriculados na Rede Municipal de Educação de Atibaia, SP, vêm pelo presente solicitar à V. Exas. a inserção da secretaria de educação no plano estadual de combate a COVID 19 na classificação vermelha, com  suspensão temporária das aulas presenciais e continuidade em trabalho remoto dos educadores e  demais profissionais que exercem suas funções dentro das escolas, visto que nova variante apresenta potencial agravamento não apenas em idosos ou pessoas com comorbidades.

 

- Diante do quadro de agravamento pandêmico instaurado em nosso País, com altos índices de contaminação, e hospitalização, não deixamos de fazer parte dessas estatísticas, sejam os profissionais, alunos e familiares.

- Vemos municípios vizinhos anunciando e decretando suspensão e adiamento de aulas presenciais de modo temporário.

- Acompanhamos diariamente os anúncios de índice de ocupação de leitos e vislumbramos um futuro não distante de colapso anunciado.

- Possuímos ricos protocolos para prevenção e combate a COVID 19, entretanto estamos vivenciando descumprimento do mesmo quando nossos colegas adoecem e nós que tivemos contato com eles não somos colocados em isolamento, quando as famílias das crianças que tiveram contato com o doente sequer são comunicadas.

- Também vivenciamos a liberdade de escolha, onde até mesmo profissionais dentro das instituições de ensino, deixam de cumprir aspectos simples dos protocolos, como o uso de máscaras e higienização frequente das mãos.

- Infelizmente, para buscar maior segurança em higienização, se tornou costumeiro que profissionais da educação usem de recursos próprios para aquisição e complementação de itens de segurança e higienização, como máscaras e álcool 70%.

- Dentro das salas de aula, vemos baixo índice de frequência de alunos, alunos estes que estão tristes por ver que a realidade escolar, outrora ambiente de alegria, se tornou um espaço triste, de medos e insegurança.

- A educação, que deve se dar por meio de interação e brincadeiras está sendo privada do contato, da liberdade de vivenciar plenamente, do afeto emocional e pedagógico.

- Quanto aos profissionais, se tornou comum o medo, a insegurança e a incerteza, sentimentos que barram o pleno exercício de suas funções, seja por não poder tocar, seja por não poder conviver, seja por medo de ter tocado ou por medo de ter convivido.

- Em outro momento se falou do dano emocional aos alunos distantes da escola, hoje vemos danos emocionais e psicológicos não apenas nos alunos frequentes, mas também nos profissionais da educação.

- Entendemos a necessidades de algumas famílias, em ter onde deixar seus filhos para que possam trabalhar, mas como um corpo de educadores, vemos a escola como instituição de ensino e aprendizagem e não de acolhimento social. Nossa função não está em ter onde a criança ficar e sim um ambiente construtivo que deve proporcionar saberes e vivências.