Diminuir o preço dos livros ( maior acessibilidade a todos)

Diminuir o preço dos livros ( maior acessibilidade a todos)
Todos os segredos do mundo estão contidos nos livros” – Lemony Snicket
“Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É, procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo” – Hermann Hesse
“Ler muitos é um dos caminhos da originalidade. Uma pessoa se torna única e peculiar quanto mais souber o que disseram os outros” – Miguel de Unamuno
“Leitura é uma forma de chegar ao conhecimento e de enriquecer a nossa sabedoria”.
Estas e outras centenas de frases já foram proferidas e registradas desde que o ser humano tornou-se capaz de registrar seus pensamentos através da escrita.
Do alfabeto cuneiforme, passando pela criação do papiro às margens do Nilo, do uso em larga escala do pergaminho por quase 2300 anos, a vinda do papel das terras chinesas para a Europa e, claro, uma das maiores invenções de todas, a imprensa de Gutenberg, a sociedade de modo geral pode aproveitar e conhecer muitos escritores e assim ajudar no desenvolvimento como um todo.
Em pleno século XXI, chamado também da era da globalização, da informação e da tecnologia, leitores estão perante uma nova batalha: a aquisição de obras literárias (sejam de forma física, digital ou áudio) para seu deleite e estudo. Porém o vilão da vez não é o acesso (muito facilitado graças à internet e livrarias online, assim como leitores digitais e programas de audiobooks), mas sim aos preços exorbitantes que encontram para cada novo lançamento.
Em uma economia que engatinha aos trancos e barrancos, com um índice de desemprego alto e com salários baixos, os leitores das classes C, D e E enfrentam uma grande injustiça: não conseguirem comprar livros que os ajudem a aumentar seu conhecimento científico e de mundo, no desenvolvimento pessoal, na saúde mental e, claro, até mesmo na criatividade (tão importante para a formação de novos escritores).
Apesar de muitos políticos afirmarem que é a classe dominante que efetivamente lê, pesquisas como “Retratos da leitura no Brasil” não apenas desmentem esta ideia, como mostra que, infelizmente, devido ao preço alto, o acesso dificultado à bibliotecas e o incentivo para aquisição de eletrônicos, os leitores diminuíram para realizar outros tipos de hobbys menos caros.
A alta no preço dos livros não afeta, de forma direta, a legião de leitores que possuam algum valor para comprar obras literárias, mas também bibliotecas públicas, bibliotecas comunitárias e escolares, que não possuem uma alta soma para investir e são, muitas vezes, a única forma de acesso para os leitores mais carentes.
Por isso este abaixo-assinado é uma forma para que os leitores demonstrem a sua insatisfação para todas as editoras e livrarias do Brasil.
Pedimos, encarecidamente, que revejam como as coisas estão sendo conduzidas atualmente e que pratiquem preços que caibam no bolso da grande massa de leitores que temos e não ao valor hipotético que imaginam, muito menos da minoria que existe em nosso país; uma situação mais delicada ainda devido à situação da pandemia.
Agradecemos a todos e fazemos votos que as coisas realmente tenham uma mudança, com valores mais justos para o bolso leitor e visando, a longo prazo, um Brasil mais leitor (e claro, para vocês empresas, com um índice maior de futuros compradores).