Contra o bombardeamento das ilhas Alcatrazes

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9 de agosto de 2022
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A importância deste abaixo-assinado

Iniciado por mauricio Barbosa

Amigos, peço que espalhem o máximo possível. Obrigada
Pensar a História
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A Marinha do Brasil informou que irá bombardear o Arquipélago dos Alcatrazes durante um exercício militar a ser realizado nos próximos dias 16 e 17 de agosto.
A informação está registrada no ofício Nº. 116 do Centro de Apoio a Sistemas Operativos (CASOP). Os exercícios deverão se concentrar na Ilha da Sapata, a segunda maior do arquipélago.
Localizado no litoral norte de São Paulo, o Arquipélago dos Alcatrazes é o maior sítio reprodutivo de aves marinhas existente na costa brasileira, abrigando cerca de 10 mil aves — incluindo o maior ninhal de fragatas do Atlântico Sul.
O local também é um dos mais importantes berçários de peixes do continente. O santuário ecológico abriga fauna e flora extremamente ricas, somando mais de 1.300 espécies. Dessas, 93 estão ameaçadas de extinção e ao menos 20 são endêmicas — isso é, só existem no arquipélago.
É o caso da jararaca-de-alcatrazes, a perereca-de-alcatrazes e a rã "Cycloramphus faustoi". Por esses motivos, Alcatrazes recebeu a alcunha de "Galápagos do Brasil".
Durante a ditadura militar, a Marinha do Brasil começou a usar o Arquipélago de Alcatrazes como área de treinamento, acarretando uma série de danos ambientais ao local.
Em 2004, um disparo efetuado contra o arquipélago durante um exercício militar deu origem a um incêndio que destruiu 20 hectares de mata nativa, resultando na morte de milhares de animais.
Os exercícios militares no arquipélago foram banidos em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff. Posteriormente, o local recebeu proteção legal ao ser decretado como Refúgio de Vida Silvestre, convertendo-se na segunda maior unidade de conservação integral da Marinha.
Em novembro de 2021, ignorando os repetidos apelos de ambientalistas e conservacionistas e até mesmo as recomendações de órgãos governamentais como o ICMBio, a Marinha do Brasil decretou que irá reiniciar exercícios militares no arquipélago.

Eliana Martins

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