Carta aberta à Comissão de Residência Médica do HDT

Vitória

Carta aberta à Comissão de Residência Médica do HDT

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Tayná Gontijo de Carvalho Caixeta criou este abaixo-assinado para pressionar Comissão de Residência Médica, Sociedade Goiana de Pediatria, Conselho Regional de Medicina

Carta aberta à Comissão de Residência Médica do Hospital de Doenças Tropicais, à Sociedade Goiana de Pediatria e ao Conselho Regional de Medicina de Goiás

Diante da recente notícia do remanejamento da Chefe do Serviço de Infectopediatria do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Dra. Cláudia Borges Rodrigues Teixeira, para o serviço de Infectologia Geral, tornamos pública nossa indignação frente à esta atitude insolente tomada por parte da Diretoria do Hospital e da Organização Social Instituto Sócrates Guanais.

Salta aos olhos a tentativa algoz de desmantelamento do Serviço de Infectologia do HDT, em especial do de Infectopediatria, que há anos atende a população com excelência. O serviço, que hoje abraça residentes de pediatria geral e já formou 5 infectopediatras, surgiu de uma iniciativa do Dr. José Caetano, pediatra que lutou para que se abrisse um serviço dentro da Infectologia voltado para as crianças do HDT. Na época, Dra Cláudia enquanto residente de infectologia se engajou e deu forma ao projeto, o qual anos depois se fortaleceu com a abertura da Residência de Infectopediatria (sendo o HDT o único serviço que oferece essa subespecialidade no Estado de Goiás).

A sociedade goiana tem acompanhado pelos meios de comunicação a calamidade vivida pelo HDT. O hospital tem sofrido cortes drásticos no seu corpo clínico de especialistas, os quais são fundamentais em um Hospital Terciário de referência. Médicos estão sendo demitidos sem aviso prévio e apenas 2 plantonistas (um pela Clínica Médica e outro pela Pediatria) respondem por toda a demanda do pronto socorro e enfermarias do hospital. Para piorar a situação, os médicos pediatras que antes foram contratados pelo regime CLT estão sendo substituídos por pessoas jurídicas (PJ) que sequer têm experiências em pediatria, que dirá infectopediatria.

Conforme previsto na grade curricular das residências de pediatria e nas normativas propostas pelo Ministério da Educação, descritas na resolução CNRM 04/78 art.4º, solicitamos que alguma medida seja tomada a fim de que a estrutura de Hospital Escola intitulada ao HDT não seja negligenciada, bem como que a qualidade de assistência aos pacientes não continue sendo prejudicada.

Não podemos aceitar calados a destruição desse serviço que contribui de forma sine qua non para a população goiana. Até quando médicos/chefes preceptores de excelência serão demitidos ou sofrerão retaliação por insistirem em prestar um serviço de qualidade? Até quando nossa formação acadêmica será prejudicada? Quantos pacientes serão lesados em virtude dessa medida insensata?

Residentes de Pediatria, 

 

Vitória

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