Estamos diante de uma discussão importante sobre o voto auditavel, mas as ideias apresentadas são meramente focadas em tecnologias que não necessariamente farão mudanças profundas e positivas sem um alto custo de implementação. Possibilitar que um voto seja auditavel vai muito além de atualizar às urnas para tecnologias de segunda e terceira geração.

A vantagem do blockchain é que ele não é uma tecnologia nova, pois suas raízes estão numa pesquisa de cientistas que trabalhavam no Xerox PARC há trinta anos e tinham a ambição de criar um sistema de registros imutável e impossível de ser fraudado. A tecnologia deu tão certo que há uma década vem sendo utilizada na criação e manutenção de ativos digitais baseados em criptografia, tais como criptomoedas - Bitcoin, Ethereum etc - e NFTs.

O blockchain pode funcionar como um imenso livro-razão capaz de registrar para sempre e de forma anônima os votos dos eleitores, sem permitir falsificação. O TSE já vem adotando ensaios com a tecnologia desde novembro de 2020, quando abriu licitação para mais de 20 empresas - entre elas: GoLedger, Waves Enterprise, OriginalMy, IBM e Criptonomia.

Por uma eleição justa, limpa e sem escândalos!