Apoiamos o Fim da Tração Animal no Rio Grande do Sul

Apoiamos o Fim da Tração Animal no Rio Grande do Sul

Infelizmente, na maioria das cidades do Brasil ainda as vacas, os burros, mulas, jegues e os cavalos são utilizados para tracionar carroças, uma prática que o mundo pede um fim através de milhões de vozes que se erguem por estes animais. Está provado que a maioria dos animais utilizados para puxar carroças e similares são tratados de forma extremamente cruel: sem água, sombra ou comida, são forçados a trabalhar horas sob o sol quente, carregando pesadas cargas – e, quando se recusam, sofrem pesados espancamentos.É comum pessoas relatarem que viram cavalos sendo maltratados e utilizados como animal de carga, e caírem de cansaço e fome no asfalto quente. Nas redes sociais tem milhares de publicações com imagens e vídeos. Os animais são espancados, e geralmente são brutalmente sacrificados quando caem doentes, ou feridos.
"O conflito ambiental desdobrado entre defensores dos direitos dos animais e carroceiros, advém de disputas em torno da legitimidade ou não de cavalos trabalharem nas cidades, envolvendo concepções bastante distintas sobre a própria cidade e sobre a coexistência dos diferentes grupos no espaço urbano. Esse debate vem acarretando discussões acerca do significado simbólico dessa modalidade de trabalho, a relevância ou obsolescência técnica da tração animal e o lugar das universidades nesse contexto. Por caminhos jurídicos, políticos, midiáticos e econômicos, o tema vem ganhando espaço no debate público através de disputas pela definição das fronteiras entre o que deve ser permitido, fomentando, garantido ou proibido." - Anais da VII Reunião de Antropologia da Ciência e da Tecnologia ISSN: 2358-5684
Alem disso, já está mais que evidenciado que as poucas leis que regulamentaram o uso dos animais para tração de carroças não são eficazes para acabar com a crueldade contra eles. A crueldade não cessa, mesmo com o emplacamento das carroças, a emissão de documentos de registro
dos carroceiros e programas que visam a promoção da saúde animal, com parcerias voltadas ao atendimento
médico veterinário e vacinação dos animais de tração, a promoção de cursos aos traba-
lhadores sobre temas como nutrição, saúde e comportamento dessas espécies animais, ferrageamento dos cascos, normas de trânsito, ergonomia e educação ambiental.
É necessario e urgente que o nosso estado proporcione ao Brasil e ao mundo um exemplo didático de pioneirismo da erradicação desta prática e, para tanto, pedimos aos nossos Excelentíssimos Deputados que aprovem o Projeto de Lei N°.295 de 2020 que está tramitando nesta Assembleia Legislativa, e visa proibir a tração animal em todo o território estadual do Rio Grande do Sul.