Contra a alteração do nome da Praça Manoel Congo! A favor da História e Cultura de Paty.

Contra a alteração do nome da Praça Manoel Congo! A favor da História e Cultura de Paty.
O GRUPO DE TURISMO RURAL DE PATY DO ALFERES, coletivo de
empreendedores de turismo, o CONSELHO DE TURISMO DO MUNICÍPIO DE PATY DO ALFERES, órgão oficial de participação da sociedade nas políticas públicas de turismo do município, o CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS CULTURAIS DE PATY DO ALFERES, órgão oficial de participação da sociedade nas políticas públicas de cultura do município, e a SOCIEDADE EMPRESARIAL VALE DO CAFÉ CONVENTION & VISITORS BUREAU, junto com a sociedade civil, vêm, respeitosamente,
Manifestar repúdio ao projeto de Lei n.º 269 de 04 de maio de 2021 que pretende alterar o nome da praça pública denominada “MANOEL CONGO” localizada no Centro de Paty do Alferes, próximo ao Centro Cultural Maestro José Figueira atribuindo-lhe o nome de “Pastor João Auto da Silva”.
Primeiramente, vale ressaltar que o pretendido homenageado, Pastor João Auto
da Silva, foi uma figura cativa entre os moradores da cidade de Paty do Alferes, tendo toda sua trajetória e representativade reconhecida pelo GRUPO de TURISMO RURAL, assim como a importância de seu trabalho de fé.
No entanto, a sociedade civil não pode permitir que o referido Projeto de Lei seja aprovado, pois trata-se de uma ameaça ao patrimônio histórico-cultural da cidade de Paty do Alferes e do Brasil, símbolos de pertencimento dos moradores desta cidade e, justamente por isso tudo, não podem ser suprimidos nem ultrajados.
Pois bem, sabe-se que Manoel Congo, assim como Mariana Crioula, é um magnífico personagem da história de Paty do Alferes, líder da maior revolução de escravos originada na Fazenda Freguesia em 1838, atual Aldeia de Arcozelo, organizando a fuga de mais de 300 escravos que assombrou todos os barões de café do Vale do Paraíba que tiveram que mobilizar a Guarda Nacional para conter o levante.
Na praça Manoel Congo estão instalados marcos importantíssimos da cidade
como o Monumento à Bíblia Sagrada, o Monumento do Centenário da Vila de Paty e o Monumento do Bicentenário da Vila de Paty do Alferes.
Também se revela importante dizer que essa praça faz limite com outra praça
pública denominada como “Velho de Avelar”, nada menos que Antônio Joaquim
Ribeiro Velho de Avelar, o Barão de Capivary, um dos mais requintados proprietários da Fazenda Do Pau Grande no século XVIII e XIX, também localizada próxima ao Centro Cultural José Maestro Figueira.
As memórias do “Velho de Avelar” assim como a de “Manoel Congo” são
patrimônios histórico-culturais da cidade de Paty do Alferes e do Brasil, símbolos de
pertencimento dos moradores desta cidade e, justamente por isso tudo, não podem ser suprimidos nem ultrajados por um Projeto de Lei que ameaça a identidade de seu povo.
Por fim a SOCIEDADE CIVIL, o GRUPO DE TURISMO RURAL DE PATY DO ALFERES, O CONSELHO MUNICIPAL DE TURISMO DE PATY DO ALFERES E O CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS CULTURAIS DE PATY DO ALFERES, requerem ao Douto parlamentar autor do projeto que promova a desistência da referida propositura parlamentar por afrontar os interesses histórico-culturais da cidade de Paty do Alferes e, em eventual votação parlamentar, que os Doutos Vereadores dessa Ilustre Câmara votem de forma contrária ao Projeto de lei, bem como a convocação da sociedade civil em um chamamento público para opinar se aprovam ou não a mudança.